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Como escolher o manômetro para o processo

Entenda neste pequeno tutorial como ser mais assertivo na definição dos manômetros industriais

Criado por volta do ano de 1849, por Eugene Bourdon. O manômetro é um dos instrumentos, mais antigos e mais utilizados na indústria.
A sua função é medir e indicar a pressão atmosférica, gases e líquidos. Atualmente termos uma infinidade de modelos e tipos manômetros nas mais variadas aplicações. E dentro da indústria farmacêutica não é diferente.

Porém é muito comum vermos manômetros que estragam com muito, e que precisam ser ajustados, calibrados ou até trocados frequentemente.

Vamos falar do manômetro do tipo mecânico de Bourdon um dos modelos mais comuns. É aquele um ponteiro que se desloca de forma circular. Os principais pontos para o escolher o manômetro mais adequado para o processo e equipamento. De forma que aumente a vida útil do instrumento e mais importante a confiabilidade da medição.

Principais critérios para escolher o manômetro:

Range de processo

A primeira etapa é conhecer qual a pressão de operação no processo ou linha que o manômetro será instalado. O ideal é que o manômetro que manômetro trabalhe entre 25% e 75% do seu range máximo. Uma boa dica adotada é escolher um manômetro com o dobro da pressão do processo.
Exemplo: Se temos uma tubulação de água gelada, com a faixa de trabalho conhecida de 4 Kg de pressão. O ideal seria escolher um manômetro com range de 0 a 8,0 Kg de pressão.

Caixa do manômetro

A caixa do manômetro é a “carcaça do instrumento” é a parte externa onde fica o mecanismo, a escala e o ponteiro. Ela é construída de diversos materiais como: Alumínio, aço carbono, plástico e inox. É importante escolher o tipo correto de material de construção da caixa do manômetro, para evitar desperdício na compra e comprometimento ao processo. Para isso, o primeiro passo, é entender o ambiente onde ele será instalado. Na indústria farmacêutica o mais utilizado é o inox, pois é mais resistente aos efeitos de ácidos e umidade e temperatura. E principalmente ele é mais seguro ao processo em relação a contaminações com ferrugem e outras. Atenção mesmo o inox a diferentes tipos de qualidade de inox quanto mais crítico e mais contato com produto, o inox deve ter uma qualidade “pureza” melhor.

https://miibblog.wordpress.com/2017/11/28/manometro-de-bourdon/

Com glicerina ou sem glicerina?

Alguns manômetros contêm líquidos na caixa. Quando utilizar e alguns cuidados.
E esse líquido geralmente é uma mistura de glicerina e água ou óleo de silicone. Essa solução liquida é mais viscosa que a água pura. A principal função é evitar vibração excessiva do ponteiro do manômetro. Pois um ponteiro que vibra constantemente é suscetível a leitura incorreta e danificar rapidamente. O fator determinante é o ambiente de instalação com vibrações, para colocar o manômetro com glicerina. O ponto de cuidado é se for usar em tubulações de vapor e alta temperatura. Pois com o tempo a glicerina ‘queima” escurece, a dica é usar um tubo Sifão para não receber o calor diretamente.

Conexão ao processo

https://www.wika.com.br/213_53_pt_br.WIKA

E por último e não menos importante a conexão ao processo deve ser observada. Há também uma grande variedade de tipos de conexão, variando das medidas de rosca: 1/8”, ¼” e ½” polegada geralmente são as mais utilizadas. Tipos de rosca BSP (com a rosca paralela) ou NPT (com a rosca cônica). E a posição do manômetro, inferior, superior, traseiro. E para o processo farmacêutico também e utilizado o manômetro com selo ou manômetro sanitário. Esse último com a sua principal função evitar a contaminação cruzada entre produtos.

Concluindo, existe ainda outros aspectos a se observar na escolha do manômetro, como a classe de exatidão e a temperatura. No entanto aqui quero ressaltar os mais simples e que vejo como as maiores dúvidas. É sempre bom consultar um especialista para as demais dúvidas. Pois a escolha certa, da compra e da instalação do manômetro, vai economizar tempo e dinheiro. E na indústria farmacêutica pode evitar desvios de produção. E uma das fontes de desvios relacionado aos manômetros podemos ver no artigo sobre o erro de paralaxe.

Glauber Felício

Técnico em manutenção industrial em indústria farmacêutica. Formado em Analise de Sistema pelo IFMG. E pós graduando em engenharia de Produção e Gerenciamento de Projetos. Entusiasta dos processos e maquinários da indústria farmacêutica. Com especialização em TPM- Manutenção Preventiva Total.
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